segunda-feira, 13 de julho de 2009

Filhos da Cultura- Cáp. 9

A macro vida de um micro empresário

"Baseado na crença de que ativos intangíveis são parte do DNA de corporações visionárias, como líder tenho a função de influenciar meus funcionários em suas atitudes a nível local para que hábitos sejam incorporados aos padrões da empresa. Toda a sociedade precisa de alguém para seguir, um ícone, um modelo, uma pessoa na qual a massa confie.

Todos nós empresários sabemos que a massa não é lá essas coisas. Na verdade, é uma porção de gente com poucos dotes mentais. Ou para ser mais claro, um monte de gente estúpida que precisa seguir alguma coisa como cegos em tiroteio.

Voltando... com base nessa percepção da necessidade efetiva de mudar efetivamente o pensamento efetivo de funcionários não efetivos, me coloco na posição e na obrigação moral de auxiliar o mundo a se tornar um lugar melhor. Bom, pelo menos a minha empresa. Ou talvez minha casa. Uma banheira de espuma e férias na Europa seriam de bom tamanho. Talvez mudar de país, por que esse aqui é governado por uma anta ex-metalúrgica.

Bom mesmo era o Nixon. Lembro de quando era pequeno, nos anos 50, e viajava com a família para os Estados Unidos. Povo bom, branco de pele e coração. Só por causa de meia dúzia de vietnamitas fizeram o monstro do Nixon, mas só eu estava lá e me lembro que vida era muito boa.

Aqui no Brasil não. Ao invés de injetar dinheiro na economia para evitar a recessão (!), dar dinheiro às empresas, que fazem esse país avançar, o governo dá dinheiro para os pobres. 22 reais por mês. E quem precisa dessa mixaria? Com esse dinheiro multiplicado por milhões de favelados o setor automobilístico sairia do vermelho mais rápido do que entrou.

E imaginem só, um presidente que não lê jornal, tinha que dar nisso mesmo. Eu não. Fato é que me formei na melhor faculdade do estado há 40 anos e trabalhei na área muito tempo. Depois criei minha própria empresa. Agora sou um grande microempresário.

Até hoje não conheci ninguém com um nível intelectual que pudesse ser comparado ao meu (só os meus antigos patrões, porque se eles estavam naquele lugar, eram pessoas incríveis). E aquele tal de Hunter Thompson? Pois é, de tempos em tempos sempre aparece um novo idiota que se acha jornalista, mas essa é uma arte para poucos, apenas privilegiados tem o dom de escrever.

Bom, vou me retirar pois tenho que terminar a minha leitura diária de todos os jornais de economia e depois mandar um e-mail pro José Eli da Veiga elogiando seus artigos publicados até hoje. Um gênio! Gênio que é gênio ajuda as empresas a saírem da crise, o modelo capitalista sobreviver, reflete sobre a recessão, e não fica pintando rostos deformados nas paredes nem tomando antidepressivos.

Odeio depressão. Com um mundo tão maravilhoso, como alguém pode ter depressão? Com lugares como as ilhas do Caribe e as praias de Ibiza, como não ser feliz?
Considero-me uma pessoa extremamente feliz apesar de dormir uma hora por noite, tenho muito orgulho disso. Apenas uma grande perda no mercado de ações faria com que eu me matasse. Preciso ver a cotação de hoje".

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