quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Verde é o silêncio que mora na sua boca

Ondas verdes
Ondas distantes
Nada além de ondas
De incerteza
E insegurança

Verde é o silêncio
Que morre na sua boca
O adeus não dito
A indiferença mundana
Mas que me importa tudo isso
Se logo tudo vai passar
E estarei bem melhor além
Do aqui nesse mar

Madre, é quando hei de lhe encontrar?
No além mar do pós-vida?
Nos remédios, nas agulhas, nos hospitais?
Todo lugar me lembra você
Principalmente assim, no desamparo
De ter que existir
De qualquer forma, deformada
Esperando o fim, sempre o fim

Nadando assim
Prestes a afogar
Em ondas distantes
Na falta de alegria
Na tristeza sufocada

(p.s- linda ideia de verde-silêncio do meu querido Squeter; só levei mais adiante pela ironia que o destino me trouxe agora, e pela alegoria repleta de agulhas da minha infância)

Um comentário:

Fabio disse...

esses textos tem me trazido dor e esperança no verdadeiro amor.